Lar Brasil Quadrilha interestadual que furta cabos de energia é alvo de operação no RJ

Quadrilha interestadual que furta cabos de energia é alvo de operação no RJ

por Rafael Saldanha
0 comentários
quadrilha-interestadual-que-furta-cabos-de-energia-e-alvo-de-operacao-no-rj

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza uma operação, na manhã desta quinta-feira (24), contra uma quadrilha interestadual que furta cabos de energia. Até o momento, cinco pessoas foram presas.

A Operação Caminhos do Cobre é coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio da Polícia Civil do Paraná. São cumpridos mandados de prisão preventiva e 46 ordens de busca e apreensão.

Os mandados são cumpridos nas residências dos alvos, em sete ferros-velhos e em metalúrgicas nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo. A Justiça também pediu o bloqueio de R$ 200 milhões em contas bancárias e ativos financeiros, além do sequestro e indisponibilidade de bens e imóveis.

Segundo a polícia, o alvo é uma organização criminosa altamente estruturada, especializada no crime em grande escala contra concessionárias de serviços públicos. A quadrilha ainda pratica lavagem de dinheiro por meio de empresas reais e fictícias e contratos simulados.

Ao todo, 22 pessoas já foram denunciadas por envolvimento no esquema. As investigações revelaram um sofisticado esquema criminoso: a quadrilha furtava cabos de telecomunicações e energia elétrica e utilizava empresas de reciclagem, ligadas aos próprios líderes da organização, para recolher o material.

A quadrilha ainda lavava os lucros ilícitos por meio de transações bancárias fracionadas, aquisição de veículos de luxo, emissão de notas fiscais falsas e simulação de contratos com empresas reais.

Esta é a segunda fase da Operação Caminhos do Cobre. A primeira etapa foi deflagrada em 2022, quando foi revelada a existência de uma cadeia estruturada de escoamento dos bens subtraídos, direcionando esforços para o rastreamento da receptação em ferros-velhos.

Veja imagens da operação desta quinta (24):

Como ocorriam os furtos?

A Polícia Civil do Rio detalhou o esquema criminoso da quadrilha. Os furtos ocorriam durante a madrugada, com batedores armados em motocicletas, ligados ao tráfico de drogas, para garantir a evasão e a proteção da operação. Os criminosos amarravam os cabos aos caminhões, causando ainda danos estruturais severos às estações subterrâneas.

O material subtraído era transportado para galpões e ferros-velhos em Queimados, na Baixada Fluminense; no Morro do Fallet, no Centro do Rio; e no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo. Todos os estabelecimentos pertenciam aos líderes da organização, situados em territórios dominados por facções criminosas.

O grupo dividia o faturamento com os traficantes locais, garantindo a proteção do território. Nos depósitos, os cabos eram decapados, fracionados e queimados para eliminar vestígios de origem. Em seguida, eram revendidos a ferros-velhos e metalúrgicas no Rio de Janeiro e, principalmente, em São Paulo, com apoio de intermediadores.

Segundo a polícia, parte dos pagamentos era feita com veículos de luxo e outra era lavada por meio de empresas ligadas ao núcleo de comando, nos ramos de alimentos e comunicação.

A polícia ainda afirma que o líder do grupo era também o elo com o tráfico na região do Fallet. Ele atuava como contador da facção local, controlando repasses, fluxo financeiro e lavagem via empresas reais. O homem já havia sido preso pela Polícia Civil do Paraná por ser a ligação entre fornecedores de drogas do estado paranaense e traficantes do Rio.

A esposa dele assumiu a liderança após a prisão, comandando pagamentos, lavagem, contratos simulados e gerenciamento de empresas.

Postagens relacionadas

Quem Somos

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

Portal News Noticias @2025 – Todos direitos reservados.