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Quem ganha R$ 50 mil não é super-rico em país nenhum, diz Lira sobre IR

por mariaclaramatos
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Relator do projeto que amplia a isenção do IR (Imposto de Renda) para aqueles que ganham até R$ 5.000 mensais, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) afirmou à CNN nesta quarta-feira (1°) que os que desembolsam R$ 50 mil por mês não podem ser considerados “super-ricos”.

O ex-presidente da Casa foi questionado sobre a aprovação por unanimidade do texto na Câmara e a expectativa de um debate que não aconteceu sobre o método de compensação da proposta, que inclui uma tributação maior para aqueles chamados popularmente por governistas de “super-ricos” — o que engloba quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, ou seja, R$ 50 mil por mês.

“Primeiro, assim, a gente tem que tirar esse estigma. Quem ganha R$ 50 mil não é super-rico, nem aqui e nem em país nenhum do mundo“, disse Lira à CNN após a votação do proposta, quando apresentou seu parecer.

Você tem uma disparidade de quem ganha R$ 50 mil e quem ganha R$ 1.500, é isso que a gente vai sempre trabalhar pra diminuir“, acrescentou o deputado alagoano.

“Quando a gente busca resultado, efetividade, a gente tem que falar menos porque cada fala que você coloca gera especulação, gera tumulto, então cada um que vai falando, produzindo suas contendas, não traduziriam, não traduzirão e não traduzem essa Casa.”

O texto, que segue agora para o Senado, é de autoria do governo federal e uma das promessas de campanha do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar da isenção para quem ganha até R$ 5.000 ser uma questão unânime nas bancadas, o maior ponto de impasse do texto é justamente o meio de compensação financeira da medida, que abriria, com a isenção, mão de arrecadação de receita estimada em R$ 25 bilhões.

Em seu parecer, o ex-presidente da Câmara ampliou descontos para quem ganha até R$ 7.350, que deve seguir de forma escalonada a partir do próximo ano.

Nas redes sociais, o tema de “taxar os super-ricos” e “justiça tributária” aparece em publicações de congressistas da base do governo ativos nas plataformas digitais, como o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) e a deputada Erika Hilton (PSOL-SP).

VITÓRIA HISTÓRICA!!!

Aprovamos agora na Câmara o projeto do presidente Lula de IR zero para quem ganha até R$ 5 mil mensais, isenção parcial até R$ 7.350 e a taxação dos super-ricos.

A pressão dos brasileiros venceu o centrão e a direita mais uma vez!

Mais de 10 milhões de…

— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) October 2, 2025

Lira, contudo, negou à CNN que movimentações nas redes sociais tenham influenciado na votação. O político do PP afirmou que o consenso sobre o projeto foi construído ainda na comissão especial para discutir o tema, onde a matéria foi aprovada em julho deste ano.

De acordo com ele, matérias mais complexas e que detém uma “responsabilidade” específica costumam sem analisadas com mais cuidado pelos parlamentares.

“Matérias com essa complexidade, com essa responsabilidade, é comum no parlamento que se olhe com muito mais cuidado”, continuou o ex-presidente da Casa.

[O movimento nas redes] é importante, qualquer movimento de rua é importante, mas não justifica por si só. Claro que você tem satisfações a dar ao seu eleitorado, mas ele não justifica por si só porque todo movimento de votação de reformas deste parlamento eles antecedem qualquer tipo de atrito que possa ter havido sobre votações nessa Casa.”

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