A saída do União Brasil do governo apresenta mais um caráter simbólico do que um impacto efetivo nas relações políticas, conforme análise da cientista política e professora da FGV-EESP Lara Mesquita ao WW desta sexta-feira (19).
A especialista destaca que o partido já mantinha um apoio fragmentado ao governo, refletido inclusive na pasta ministerial que ocupava. “O Ministério do Turismo não é um ministério tão importante, ele ganhou um ministério com um peso proporcional ao que o partido entrega ao governo”, explica.
Sinais de continuidade
Um indicativo da natureza mais simbólica dessa ruptura é o próprio comportamento do Ministério do Turismo, que busca manter pessoas de confiança em posições estratégicas. Além disso, o prazo para a efetivação da saída do partido foi estendido em 10 dias, contrariando o ultimato inicial de 24 horas.
A análise também considera a posição estratégica do partido no Congresso Nacional, especialmente por conta da presidência do Senado. Segundo Mesquita, não há sinalizações de um abandono completo das agendas governamentais por parte do União Brasil, sugerindo que o partido deve manter um certo nível de cooperação em determinadas pautas.
A cientista política ressalta que, embora possa haver impacto na quantidade de votos que o partido entrega ao governo, é improvável que haja um rompimento total. “Isso não vai ser completamente efetivo no sentido de que o partido não vai contar, não vai entregar mais nenhum voto ao governo”, avalia.
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