As relações entre Estados Unidos e Colômbia atingiram um novo patamar de tensão após Donald Trump atacar Gustavo Petro e ameaçar impor novas tarifas contra o país sul-americano, além de cortar ajudas financeiras. A analista de Economia da CNN Thais Herédia, o analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna, e Thiago de Aragão, CEO da Arko Advice Internacional, debatem o assunto no WW.
As declarações de Trump incluíram acusações diretas a Petro, chamando-o de “líder do tráfico de drogas” e afirmando que ele incentiva a produção em campos por todo o país. Trump ainda advertiu que os campos precisam ser fechados, ou os Estados Unidos tomariam essa providência.
Impacto nas relações comerciais
A escalada da tensão pode afetar significativamente as relações comerciais entre os dois países, que atualmente movimentam mais de U$ 53 bilhões em bens e serviços, incluindo café, petróleo e ouro. Os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais e investidores da Colômbia.
Em resposta às declarações, Petro classificou Trump como “grosseiro e ignorante” em relação à Colômbia. O Ministério das Relações Exteriores colombiano convocou seu embaixador em Washington para consultas em Bogotá, onde discute possíveis abordagens para a situação.
Contexto regional
A tensão entre EUA e Colômbia ocorre em um momento em que Trump busca ampliar sua influência na América Latina. Em contraste com a hostilidade direcionada à Colômbia, o republicano demonstra apoio a aliados políticos na região, como evidenciado pelo recente acordo de U$ 20 bilhões com a Argentina para estabilização da taxa de câmbio.
A movimentação de Trump na região também reflete uma tentativa de conter a crescente influência chinesa na América Latina, que se expandiu por meio de maiores investimentos e compras de commodities, especialmente soja.
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