O Coritiba completa 40 anos da conquista do título do Campeonato Brasileiro de 1985 nesta quinta-feira (31). O Alviverde conquistou a maior glória nacional nos pênaltis da final empatada por 1 a 1 com o Bangu, no Maracanã, o maior palco do futebol brasileiro.
A decisão aconteceu em uma noite de quarta-feira. Mas não era esse o desejo do bicheiro Castor de Andrade, ex-presidente de honra do clube carioca.
Na edição publicada no dia 29 de julho de 1985, uma edição do Jornal dos Sports, principal veículo esportivo carioca naquela época, constava um artigo com entrevista do bicheiro. A manchete era clara: “Castor quer a decisão da Taça no domingo. E vai lutar”.
“Castor prometeu que vai fazer tudo para passar a decisão da Taça de Ouro para domingo, quando a possibilidade de uma arrecadação, será bem maior”, apontou a publicação.
“Vou à CBF e vou pleitear o direito de jogar a final no domingo. Não há nada contra e por que o jogo não pode ser realizado no domingo. Vou conversar com os dirigentes da CBF para resolver isso. A meu ver e acho que esse seja até o pensamento do nosso adversário, o melhor dia para a decisão seria no domingo. Vai depender única e exclusivamente da CBF”, declarou Castor de Andrade ao diário.
Mas o que aconteceu na reunião da CBF?
Nenhum grande detalhe foi divulgado a respeito da reunião que decidiria a realização da final da Taça de Ouro, reconhecida como o título nacional.
A Gazeta do Povo noticiou que a reunião na CBF, dois dias antes da final, definiu que a grande final seria em jogo único no Maracanã.
“Prevaleceu o regulamento original da Taça de Ouro, com jogo único na casa do time de melhor campanha – no caso, o Bangu, que escolheu o Maracanã. A CBF havia dito que acataria um acordo entre os dois clubes para a realização de duas partidas, uma em Curitiba e outra no Rio, o que acabou não acontecendo”, publicou o principal veículo do Paraná.
No entanto, duas linhas na capa do Correio de Notícias, outro diário paranaense, apontou que a final foi confirmada pela vontade da diretoria coxa-branca, encabeçada pelo presidente Evangelino da Costa Neves.
“A direção do Coritiba não concordou em transferir a partida para o próximo domingo, como queria o Bangu”, apontou o texto empolgado com o Coxa na decisão. “O Coritiba está a um passo do título”.
Coxa fez preparação em Belo Horizonte
Outro ponto importante nos dias que antecederam a final vencida pelo Coritiba foi a decisão de ficar em Belo Horizonte após a semifinal contra o Atlético-MG, no domingo, dia 28 de julho de 1985.
A capital mineira foi o refúgio para o Coxa ficar distante da empolgação da torcida alviverde, em Curitiba, e também não se contaminar com o clima de vitória construído pelo Bangu. O time carioca fez festa antecipada, com direito a folga para o treinador e os jogadores.
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Formado pela PUCPR, trabalhou por dois anos nas editorias de Esportes e Cidades da Gazeta do Povo. Entre 2019 e 2024, atuou como repórter em diversas coberturas de Política pelo Paraná Portal. Desde 2021, passou a atuar como editor da área de Esportes do site, com destaque para coberturas de Copa América, Olimpíadas e Copa do Mundo. Desde 2024, é repórter do UmDois Esportes, setorista do Athletico.
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