O presidente nacional do PP (Progressistas), senador Ciro Nogueira (PI), disse que política não se faz com amizade, ao falar sobre um possível apoio a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Palácio do Planalto.
“Se eu tivesse que escolher pessoalmente um candidato para suceder o Bolsonaro, seria o Flavio, pela minha proximidade, mas política não faz só com amizade, faz com pesquisa, viabilidade, ouvindo partidos aliados, e não pode ser uma decisão só do PL”, disse Nogueira em entrevista coletiva após agenda em Curitiba nesta segunda-feira (8).
O parlamentar defendeu ainda nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou o do Paraná, Ratinho Junior (PSD), para unificar o “campo do centro” na eleição do ano que vem.
“É muito importante unificar o campo de centro, senão nós não vamos ganhar a eleição. Eu já tinha externado que o nome seria Tarcísio ou Ratinho, mas política é como nuvem. Aquele momento, eu não sou senhor da razão, e posso ser convencido, mas com argumentos e critérios para que a gente possa fazer uma escolha porque o Brasil não pode perder a próxima eleição”, completou.
Flávio Bolsonaro anunciou sua pré-candidatura na última sexta-feira (5), quando confirmou ter sido escolhido pelo pai para substituí-lo em 2026. O anúncio gerou um racha entre lideranças da direita e também do chamado “centrão”.
De acordo com uma apuração da CNN, parte desses políticos enxerga com ceticismo a candidatura, acreditando que um nome mais neutro despontaria melhor na disputa.
Por isso, o pré-candidato marcou um jantar para a noite desta segunda-feira, na tentativa de buscar apoio. A ideia é quebrar resistências do grupo. Ainda não há, no entanto, informações de quem deve comparecer ao evento.
O único confirmado no jantar é o próprio Ciro Nogueira: “Eu estarei reunido com ele hoje em sua casa para ouvir o que ele pensa, para que a gente tome uma decisão, estou indo com o presidente Rueda para essa reunião, eu acho que o presidente Valdemar [Costa Neto] vai participar, o presidente do Republicanos [Marcos Pereira] também foi convidado, não sei se vai.”
“Nós estamos ouvindo. O país tomou conhecimento dessa decisão semana passada, nós vamos dialogar com toda transparência possível e tomar uma decisão que não é só do senador Ciro, do Rueda, da própria federação e dos partidos. Conversei com o presidente Kassab, tenho conversado com o Marcos Pereira, presidente do Novo, do Solidariedade, temos um diálogo com o MDB, são partidos que podem estar juntos”, completou.