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Educação é o caminho para saída do Bolsa Família, diz economista

por afonsobenites
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O economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Barros, disse que a melhor forma de diminuir a dependência dos beneficiários do Bolsa Família é investir na melhoria da qualidade da educação, em vez de simplesmente aumentar o volume de repasses financeiros.

O governo prevê reduzir o tempo de permanência no programa Bolsa Família de dois para um ano. As novas regras de saída do programa após o beneficiário conseguir emprego com carteira assinada devem ser anunciadas até o final deste mês.

Na terça-feira, o presidente Lula chegou a dizer que o Brasil não pode ser “eternamente pobre” e viver de Bolsa Família.

“Eu voltei à Presidência da República para provar que esse país não pode ser eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família. Nós precisamos fazer as pessoas se formarem adequadamente, aprender uma profissão”, afirmou o petista.

Em entrevista ao CNN Money, Barros destacou que não existe uma solução única para tirar as pessoas da rede de assistência social, mas sim um conjunto de medidas que o Brasil precisa adotar.

“A educação, certamente, é o caminho estrutural de médio e longo prazo”, afirmou o economista, ressaltando que o problema não está no baixo gasto com educação, mas sim na qualidade desse investimento.

Desafios estruturais e ineficiências

O economista também apontou outros desafios estruturais que precisam ser enfrentados para reduzir a dependência de programas sociais, como o Bolsa Família.

Entre eles, destacou a necessidade de um sistema tributário mais racional, maior segurança jurídica para investimentos de médio e longo prazo, e melhoria na qualidade regulatória, especialmente no setor de infraestrutura.

Barros criticou a pulverização das políticas públicas de transferência de renda no país e defendeu a fusão de programas sociais para aumentar a eficiência.

Impactos do aumento do valor do benefício

O economista também comentou sobre o aumento significativo no valor médio do Bolsa Família, que passou de cerca de R$ 190 para mais de R$ 600.

Segundo Barros, esse aumento, combinado com o crescimento no número de famílias beneficiárias, está produzindo efeitos colaterais negativos na oferta de mão de obra em alguns setores da economia.

Além disso, o especialista alertou para problemas na qualidade do Cadastro Único, que perdeu eficácia como referência para a concessão de benefícios. Barros defendeu a necessidade de avançar rapidamente na agenda de governo digital para melhorar a gestão e eficiência das políticas sociais.

Por fim, o economista ressaltou a importância de aprimorar os sistemas de informação do governo para coibir fraudes e garantir que os recursos cheguem às pessoas que realmente necessitam.

“Como o recurso é escasso, é importante coibir essas fraudes para ter recurso para as pessoas que realmente precisam”, concluiu Barros.

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