Lar Região Entenda como mudanças climáticas deixam furacões e tufões mais fortes

Entenda como mudanças climáticas deixam furacões e tufões mais fortes

por marcellabrasil
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Cientistas afirmam que as mudanças climáticas estão contribuindo para a formação de furacões mais fortes e destrutivos.

As mudanças climáticas estão tornando os furacões mais úmidos, com ventos mais fortes e, de modo geral, mais intensos.

Há também evidências de que as mudanças fazem com que as tempestades se desloquem mais lentamente, o que significa que podem despejar mais água em um só lugar.

Se não fossem os mares, o planeta estaria muito mais quente devido às mudanças climáticas.

Mas, nos últimos 40 anos, o oceano absorveu cerca de 90% do aquecimento causado pelas emissões de gases de efeito estufa que retêm calor.

Grande parte desse calor oceânico fica retido próximo à superfície da água. Esse calor adicional pode intensificar a tempestade e gerar ventos mais fortes.

As mudanças climáticas também podem aumentar a quantidade de chuva trazida por uma tempestade.

Como uma atmosfera mais quente também consegue reter mais umidade, o vapor d’água se acumula até que as nuvens se dissipem, provocando chuvas intensas.

Durante a temporada de furacões no Atlântico de 2020 — uma das mais ativas já registradas — as mudanças climáticas aumentaram as taxas de precipitação horária em tempestades com força de furacão em 8% a 11%, segundo um estudo publicado em abril de 2022 na revista Nature Communications.

O mundo já aqueceu 1,1 °C acima da média pré-industrial.

Cientistas da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA) preveem que, com um aquecimento de 2 °C, a velocidade dos ventos dos furacões poderá aumentar em até 10%.

A NOAA também projeta que a proporção de furacões que atingem os níveis mais intensos — categoria 4 ou 5 — poderá aumentar em cerca de 10% neste século.

Até o momento, menos de um quinto das tempestades atingiram essa intensidade desde 1851.

Imagens de satélite mostram furacão Lee no Oceano Atlântico • CNN

Outras formas de como as mudanças climáticas afetam as tempestades

A “temporada” típica de furacões está mudando, à medida que o aquecimento climático cria condições propícias para tempestades em mais meses do ano.

E os furacões estão atingindo a costa em regiões muito fora da norma histórica.

Nos Estados Unidos, o estado da Flórida é o que mais recebe furacões, com mais de 120 impactos diretos desde 1851, segundo a NOAA.

Nos últimos anos, porém, algumas tempestades estão atingindo intensidade máxima e chegando à costa mais ao norte do que no passado.

Essa tendência é preocupante para cidades de latitudes médias, como Nova York, Boston, Pequim (na China) e Tóquio (no Japão), onde a infraestrutura não está preparada para tais tempestades, afirmou a cientista atmosférica Allison Wing, da Universidade Estadual da Flórida.

O furacão Sandy, embora tenha sido apenas de categoria 1, foi o quarto furacão mais custoso da história dos EUA, causando prejuízos de US$ 81 bilhões quando atingiu a costa nordeste em 2012.

Inundação causada pela passagem do furacão Sandy, nos EUA • Getty Images

Quanto ao período, a atividade de furacões é comum na América do Norte de junho a novembro, atingindo o pico em setembro — após o acúmulo de águas quentes durante o verão.

No entanto, as primeiras tempestades nomeadas a atingirem a costa dos EUA agora a atingem mais de três semanas antes do que em 1900. Isso antecipa o início da temporada para maio, segundo um estudo publicado em agosto na Nature Communications.

A mesma tendência parece estar ocorrendo na Baía de Bengala, na Ásia, onde, desde 2013, os ciclones têm se formado mais cedo do que o habitual — em abril e maio — antes da monção de verão, segundo um estudo de novembro de 2021 publicado na Scientific Reports.

Como se formam os furacões?

Os furacões precisam de dois elementos principais: água quente do oceano e ar úmido.

Quando a água quente do mar evapora, sua energia térmica é transferida para a atmosfera.

Isso alimenta os ventos da tempestade, fortalecendo-os.

Sem isso, os furacões não conseguem se intensificar e se dissipam.

Imagem de satélite do furacão Erin captada no dia 20 de agosto • NOAA via CNN Newsource

Quais são as diferenças entre ciclone, tufão e furacão?

Embora tecnicamente se trate do mesmo fenômeno, essas grandes tempestades recebem nomes diferentes dependendo de onde e como se formaram.

Tempestades que se formam sobre o Oceano Atlântico ou no Pacífico Norte central e oriental são chamadas de “furacões” quando a velocidade de seus ventos atinge pelo menos 119 km/h.

Até esse ponto, são conhecidas como “tempestades tropicais”.

No Leste Asiático, tempestades violentas e giratórias que se formam sobre o Pacífico Noroeste são chamadas de “tufões”.

Já os “ciclones”, surgem sobre o Oceano Índico e o Pacífico Sul.

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