A dificuldade dos Estados Unidos em reconhecer sinais de autoritarismo em seu próprio território está diretamente ligada à ausência de experiências ditatoriais em sua história, segundo Vinícius Rodrigues Vieira, professor de Economia da FAAP e Relações Internacionais da FGV, durante o WW.
O especialista destaca que, embora existam evidências de uma tendência à autocratização no cenário político americano atual, o país enfrenta obstáculos para identificar esses sinais por nunca ter enfrentado um regime autoritário, apesar de ter passado por períodos de restrição ao sufrágio universal, como outras democracias maduras.
As ações contra veículos de comunicação representam uma clara série de restrições ao direito garantido pela primeira emenda da Constituição americana, que protege a liberdade de imprensa. Esta situação tem se manifestado especialmente através de pressões sobre grupos de mídia tradicional.
O papel das redes sociais
O fenômeno não se limita apenas ao contexto americano ou a um único espectro político. O surgimento das big techs e das redes sociais como alternativas à mídia tradicional criou um cenário estrutural que permite que governantes de diferentes orientações ideológicas utilizem esses novos canais para diminuir a relevância dos meios de comunicação tradicionais, que construíram sua credibilidade ao longo de décadas.
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