O embaixador russo nos Estados Unidos, Alexander Darchiev, afirmou nesta sexta-feira (15), que novas consultas visando resolver pontos de tensão nas relações bilaterais entre a Rússia e os Estados Unidos ocorrerão em breve.
“Outra rodada de consultas sobre normalização — que chamamos de abordagem de questões incômodos nas relações bilaterais — deve ocorrer em um futuro próximo”, disse Darchiev, informou agência de notícias estatal da RIA.
Após a cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin em Alasca, o principal enviado econômico da Rússia, Kirill Dmitriev, definiu o encontro como “definitivamente produtiva”. Ele acrescentou os líderes concordaram em muitos pontos.
“Alguns deles precisam ser acordadas e definitivamente é muito importante que o presidente Trump descreva um potencial econômico significativo de cooperação entre os EUA e a Rússia”, disse Dmitriev.
“Continuaremos a construir as relações entre os EUA e a Rússia no futuro, apesar de muita resistência, mas continuaremos a fortalecer os laços entre os EUA e a Rússia.”
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones. Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares. Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.