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O que você precisa saber sobre o acordo de cessar-fogo em Gaza

por lucasoliveira
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Israel e Hamas chegaram a um acordo para a primeira fase de um plano de paz para a Faixa de Gaza, que prevê a libertação de reféns, o recuo de tropas israelenses e a soltura de prisioneiros palestinos.

Segundo o Times of Israel e a agência AFP, o acordo deve ser assinado formalmente nesta quinta-feira (9), no Egito, país que sediou as últimas rodadas de negociação. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve reunir o gabinete para ratificar o entendimento, como exige a legislação local.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, convidou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para participar da cerimônia de assinatura. Trump já havia dito que poderia ir ao Oriente Médio caso o acordo fosse finalizado, embora ainda não haja confirmação de sua presença.

Plano de paz para Gaza

A iniciativa marca o primeiro avanço concreto após dois anos de guerra entre Israel e o Hamas. Segundo o grupo, o plano prevê o fim da guerra e a retirada gradual das tropas israelenses do território palestino, além da entrada de ajuda humanitária e da realização de uma “troca de prisioneiros”.

Fontes próximas às negociações afirmam que temas mais sensíveis, como o desarmamento do Hamas e a futura governança de Gaza, devem ser tratados em fases posteriores.

Primeira fase

Segundo o presidente Donald Trump, a primeira fase do acordo inclui o cessar-fogo, a libertação dos reféns que permanecem sob custódia do Hamas e o recuo das forças israelenses.

Um “Conselho de Paz”, previsto no plano de 20 pontos proposto por Trump, deve supervisionar o cumprimento das medidas iniciais. O órgão teria caráter internacional e contaria com um comitê palestino “tecnocrático e apolítico” responsável pela administração de Gaza.

“A parte mais importante é que os reféns serão libertados”, afirmou Trump à Fox News, acrescentando que a libertação deve ocorrer “provavelmente na segunda-feira”.

Libertação de reféns

Ainda há divergências sobre quando começará a libertação dos detidos. Enquanto Trump e fontes da Casa Branca indicam a próxima segunda-feira (13), autoridades israelenses disseram à Reuters e à CNN que o processo pode começar já no sábado (11) ou no domingo (12).

Segundo o governo israelense, 48 pessoas ainda são mantidas reféns em Gaza — 47 delas capturadas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra.

Pelo menos 20 estariam vivas e 26 mortas, de acordo com estimativas de Israel. A maioria é composta por cidadãos israelenses, além de cinco estrangeiros (três tailandeses, um tanzaniano e um nepalês).

Envolvimento de Trump

O papel dos Estados Unidos foi decisivo para destravar as negociações. De acordo com o analista de Internacional da CNN, Lourival Sant’Anna, o Hamas já havia aceitado as condições propostas por Washington desde maio, mas Israel resistia a fechar o acordo. A intervenção direta de Trump foi determinante para a retomada das tratativas.

O grupo palestino agradeceu ao republicano “por seus esforços para pôr fim à guerra” e apelou para que o governo americano garanta o cumprimento dos compromissos por parte de Israel.

Trump, por sua vez, parabenizou Netanyahu e os países do Oriente Médio “por se unirem para tornar o acordo possível”.

“O Oriente Médio se uniu. Surpreendentemente, eles se uniram”, afirmou o americano.

Guerra em Gaza

O conflito entre Israel e Hamas completou dois anos nesta semana. Os combates começaram após o ataque do grupo palestino em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 mortos e 251 sequestrados, segundo dados israelenses.

Desde então, mais de 67 mil palestinos foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Organismos internacionais e especialistas da ONU apontam que a região vive uma crise humanitária sem precedentes, com escassez de alimentos, água e medicamentos.

A doutora em Direito Internacional Priscila Caneparo, ouvida pela CNN, afirma que a situação já é descrita por analistas como um “saudocídio” — um genocídio causado pela privação de recursos essenciais à saúde.

(Com informações de Tiago Tortella, da CNN Brasil e Kaanita Iyer, da CNN)

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