A recente ligação telefônica entre Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump, causou impacto significativo na oposição brasileira, que agora deposita suas expectativas em Marco Rubio, secretário de Estado americano designado como responsável pela interlocução entre Estados Unidos e Brasil, para adotar uma postura mais rígida nas negociações bilaterais.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) expressou sua aprovação quanto à escolha de Rubio para a articulação, classificando-a como uma decisão estratégica.
O líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalcante, reforçou esse posicionamento, destacando Rubio como o representante mais ideológico do governo americano.
Tensões comerciais e diplomáticas
Em agosto, os Estados Unidos implementaram um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros, seguido por sanções contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e membros do governo. A oposição espera que Rubio, conhecido por suas críticas contundentes ao governo brasileiro, possa manter essas medidas restritivas.
No entanto, o grupo oposicionista reconhece uma derrota significativa: a ausência de discussões sobre a condenação de Jair Bolsonaro durante as conversas. A pressão exercida por lobistas vinculados a empresas brasileiras e setores econômicos teria contribuído para viabilizar o diálogo entre as lideranças.
Impacto na política interna
Diante dos embates com os Estados Unidos, Lula experimentou uma recuperação em seus índices de popularidade ao defender a soberania nacional. O fortalecimento de sua posição política tem gerado reflexos no cenário eleitoral, inclusive influenciando as perspectivas de candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo.
O governador tem mantido cautela em suas decisões políticas futuras, indicando em conversas reservadas que só definirá seus próximos passos em 2024, considerando a possibilidade de buscar a reeleição ao governo paulista caso o cenário nacional permaneça desfavorável.
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