A Polícia Civil do Maranhão (PCMA) concluiu o inquérito que apura o assassinato do policial militar Geidson Thiago da Silva Santos, de 39 anos, morto a tiros no último dia 6 de julho, durante uma vaquejada no município de Trizidela do Vale.
Segundo a polícia, o autor dos disparos foi o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT), que foi indiciado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo.
O inquérito, conduzido pela 14ª Delegacia Regional de Pedreiras, foi remetido à Justiça nessa quarta-feira (23). De acordo com o laudo balístico, os tiros que atingiram o policial partiram de uma arma calibre .38.
Xavier está preso preventivamente desde o último dia 15 de julho, quando se entregou à sede da Polícia Civil, em São Luís, após a Justiça expedir um mandado de prisão para ele. Além da detenção, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Igarapé Grande e na residência do prefeito, com o objetivo de localizar a arma usada no crime e outros elementos que pudessem auxiliar nas investigações.
A CNN entrou em contato com a defesa de João Vitor Xavier para um posicionamento e aguarda um retorno.
Confissão do crime
No depoimento prestado à Delegacia Regional de Presidente Dutra, em 7 de julho, um dia após o crime, o prefeito confessou ter matado o policial e alegou legítima defesa. Ele afirmou também ter se desfeito da arma utilizada, embora não possuísse autorização para porte.
Testemunhas relataram que a vítima teria sido surpreendida pelos disparos e, mesmo socorrida com vida, não resistiu à gravidade dos ferimentos. A Polícia Civil destacou que não houve flagrante devido ao tempo entre o crime e a apresentação voluntária do investigado.
*Sob supervisão de Rafael Saldanha