A nova produção do rime Video “Tremembé”, estreou no catálogo nesta sexta-feira (31). Sandra Regina Ruiz Gomes, condenada por sequestro e homicídio, ganhou notoriedade por seus envolvimentos com Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga durante o período em que esteve presa.
Até então pouco conhecida pelo público, a detenta passou a chamar atenção na série por ser retratada como um verdadeiro “ícone” da penitenciária, reconhecida por sua influência sobre outras presas. Além dos relacionamentos, destacava-se também por suas alianças e poder e pela fama de ser agressiva. Dentro da prisão, era frequentemente descrita como “chefe de cela” e “rainha de Tremembé”.
Sandra Regina Ruiz Gomes foi condenada a 27 anos de prisão em 2003. Aos 20 anos, ela morava na periferia de Mogi das Cruzes, em São Paulo, com o namorado da época, Valdir Ferreira Martins. Juntos, decidiram sequestrar o filho dos vizinhos, Talisson Vinicius da Silva Castro, de 14 anos.
Com a ajuda de outros dois cúmplices, o garoto foi escolhido como alvo porque sua casa era a mais bonita da rua e guardava dois carros, o que motivou ainda mais o crime. Por volta do meio-dia de 21 de outubro de 2003, um dos comparsas, conhecido como Formiga, pegou o garoto e o levou para um cativeiro em um imóvel desocupado pela família de Valdir. O jovem foi trancado em uma suíte para evitar contato com o resto da casa e com os sequestradores.
O sequestro durou três dias, com idas e vindas na negociação sobre o valor do resgate. A primeira proposta foi de R$ 40 mil reais, e o valor foi diminuindo conforme os criminosos perceberam que a família não conseguiria pagar. Durante esse período, Sandra passava muito tempo no cativeiro e depois voltava para a casa dos pais de Talisson, onde consolava a mãe do menino, que era sua amiga. Ela inclusive simulou algumas conversas com os bandidos, fingindo tentar negociar o valor do resgate.
No entanto, quando retornaram ao cativeiro, descobriram que Talisson havia conseguido fugir do quarto, porém ele não conseguiu sair da casa e ficou na sala assistindo TV. O garoto reconheceu Sandra e Valdir imediatamente, e então o grupo tomou a decisão de matá-lo com um tiro na cabeça.
Quando o corpo do menino foi encontrado, ele estava amordaçado com um lenço, punhos e tornozelos amarrados e um saco preto na cabeça.
Sandra e Valdir foram condenados pelo crime. Ela recebeu inicialmente 27 anos de prisão, pena que acabou sendo reduzida para 24 anos por não ter participado diretamente da execução do adolescente. Já Valdir foi condenado a 30 anos de prisão.
Sandra passou ao regime semiaberto em 2015 e atualmente mantém o anonimato, evita dar entrevistas e expor a vida pessoal.